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Ato no Mensageiro da Caridade lança Campanha da Fraternidade

O salão de eventos do Mensageiro da Caridade ficou repleto de agentes da caridade, sacerdotes, diáconos e lideranças de entidades na quarta-feira de cinzas. A entidade acolheu a todos para o lançamento da Campanha da Fraternidade de 2024, na Arquidiocese de Porto Alegre, que tem como tema “Fraternidade e Amizade Social”. A iniciativa está em sintonia com a orientação do Papa Francisco na Encíclica Fratelli Tutti para superar a cultura do ódio, dos antagonismos, da exclusão e do desrespeito que reina no mundo.
O Arcebispo de Porto Alegre, Dom Jaime Spengler, saudou a iniciativa da Igreja do Brasil que convoca a promover uma sociedade de irmãos. “Precisamos imediatamente de reconciliação. Quando a evangelização prescinde da dimensão social a encarnação de Cristo passa a ser fictícia. A Campanha da Fraternidade faz a quaresma ter sintonia com a medula do Evangelho”.
Para o Bispo Auxiliar de Porto Alegre, Dom Odair Gonsalves, todo o cristão deve ser um canal de reconciliação, aproximação e superação das divisões que existem nas comunidades e na sociedade. “A nossa vocação é formar comunidade de irmãos que se acolhem nas diferenças, nos erros e nos conflitos”. Ele acrescentou que é compromisso de todos os católicos nesta quaresma promover a cultura do encontro e da proximidade, rompendo com todas as formas de individualismo.
O ex-Chefe do Ministério Público do Estado, Dr. Afonso Konzen, foi um dos painelistas do evento. Ele destacou que todos devem tomar consciência que a fraternidade deve ser o fundamento da convivência humana e que a palavra amor só tem sentido na relação com os outros. “O grande desafio da Amizade Social é conectar pessoas com o bem comum. A primeira exigência é aprender a conviver, isso significa respeitar a condição, a compreensão, a opção do outro”.
Kozen afirmou que a convivência é uma competência a ser aprendida e desenvolvida para que tenhamos uma sociedade humanizada. “Ser irmão não nos dá o direito de rejeitar, de explorar, de condenar, de desrespeitar. Ser irmão impõe a exigência e aprender a conviver. Isso significa ouvir a outra pessoa, acolher, proteger, promover, integrar e ajudar a se desenvolver”. Para o jurista, a dificuldade deve ser identificada como uma oportunidade para aprender. “O problema é que naturalizamos a ação de poder julgar e condenar, mas é preciso considerar que há no rosto do pobre, do preso, do migrante, do morador de rua, algo que nos solicita, interpela e chama. O outro não é conceito, mas uma pessoa”.
Para o gerente socioeducativo da Fundação Pão dos Pobres e painelista do evento, João Rocha, a Amizade Social deve ser compreendida como a capacidade de entender e estar próximo do outro. O desafio do tema deste ano é agir para conectar pessoas para que se possa promover o bem comum. “Isso é muito exigente: requer o empenho de cada um de nós para tornar o amor uma força operativa”.
Dom Jaime pediu que todos assumam com força a vivência e o compromisso com a Amizade Social para “que a quaresma nos ajude a sermos operários da reconciliação, da boa convivência, do desenvolvimento humano e da construção de uma sociedade solidária”.
 

Mensageiro da Caridade
Arcebispo e autoridades lançaram a Campanha da Fraternidade.

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